segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Biografias - Uma Orgulhosa Polemica

Mediante a "grande" polemica quanto às biografia autorizadas ou não, o que dizer dos aspectos literários e biográficos dos quatro evangelhos?

Dos quatros evangelho e seus respectivos autores, Marcos e Lucas não pertenciam aos doze discípulos, então eles escreveram sobre Cristo baseados num processo de investigação de pessoas que conviveram com Jesus, o que poderíamos aplicar como sendo uma “biografia não autorizada”, embora as biografias de Cristo não são biografias no sentido clássico, como as que conhecemos hoje, os evangelhos retratam a sua história, portanto podemos sim, dizer que eles representam as suas biografias.

Como qualquer bom pesquisador, seria interessante investigar a construção dos pensamentos descritos nas quatro biografias, observando a sua lógica, limites e alcances de sua inteligência literária, e para analisar esses textos é necessário imergir no próprio texto e interpretá-lo multifocalmente e isento, tanto quanto possível, de paixões e tendências. Isso seria uma verdadeira e sincera busca literária para as compreensões dos fatos ali descritos.

No momento em que estamos, diante dos debates polêmicos, há inúmeras situações em que os artistas envolvidos, se declaram (ainda que nas entrelinhas) temerosos quanto a que tipo de informações será ou é descrita em tais biografias não autorizadas. Esse medo de fato é aceitável, uma vez que compreendemos por exemplo, que todo ser humano não tem naturalmente interesse algum que seus atos falhos sejam expostos de maneira publica, visto que uma biografia em geral sempre será analisada com uma profunda imersão que muita das vezes não estará isenta de paixões e tendências pela maioria dos leitores.

Agora repare, Mônica Bergamo (colunista do Folha) fez a seguinte declaração no TV Folha: “Um artista, um político, até um jornalista, ele faz a sua vida em uma relação com o publico, então o publico tem o direito de saber coisas sobre ele, agora, é tudo? Não! Por exemplo, o psicólogo do Chico Buarque não pode dar uma entrevista falando sobre o que o Chico Buarque fala, porque isso é intimo dele.”, e o cantor Roberto Carlos em entrevisto ao Fantástico afirmando ser a favor das biografias não autorizadas afirmou: “Sem autorização, porém, com certos ajustes, certas coisas que tem que acontecer... Isso tem que se discutir, são muitas coisas... Tem que haver um equilíbrio e alguns ajustes para que essa lei não venha prejudicar nem um lado nem o outro. Nem o lado do biografado nem o do biógrafo e que não fira a liberdade de expressão e o direito à privacidade.”. Em ambas as citações é tacitamente notável que há um interesse supremo de preservar o “vexame” por atos, fatos e atitudes tomadas em um passado que até o momento da possível publicação, estava “morto”.

Em contra partida, veja que paradoxo. Muitos afirmam que as biografias de Cristo são frutos da imaginação dos seus autores e que os relatos ali contidos não são verídicos, porém se os evangelhos fossem realmente fruto da imaginação literária, os autores não falariam mal de si mesmos, não comentariam a atitude frágil e vexatória que tiveram ao se dispersarem quando Cristo foi preso, demonstrando sua fragilidade e confusão.

Não relatariam que Pedro negou a Cristo e não somente uma vez, mas três vezes, mesmo tendo sido relatado anteriormente o juramento do mesmo de nunca negar o Mestre, e o mais intrigante de se pensar é: quem contou aos autores dos quatro evangelhos que Pedro negou a Cristo? Pedro estava só quando cometeu o ato e só Jesus, conforme descrito no evangelho de Lucas, teve a percepção e olhou para Pedro. Só nos resta uma escolha, ele mesmo! O discípulo teve a coragem de contar. Que autor falaria mal de si mesmo? Pedro não apenas contou os fatos, mas expôs os detalhes da sua negação.

Um dos artigos questionados pela ANEL (Associação Nacional dos Editores de Livros) previsto na Lei Nº 10.406, De 10 de Janeiro de 2002, determina que é preciso autorização para a publicação ou uso da imagem de uma pessoa. E que a divulgação de escritos, a transmissão, publicação ou exposição poderão ser proibidas se atingirem a honra, a boa fama, a respeitabilidade ou se tiverem fins comerciais.

E se essa lei tivesse vigor diante dos acontecimentos da era cristã, em que as biografias da vida de Cristo (que por conseqüência abarcam também aspectos da vida de Seus discípulos) estavam sendo escritas e publicadas, teríamos tamanho impacto pela sinceridade e coragem de afirmar suas próprias falhas? Creio que talvez fossem até mais impactantes, contudo resta-nos pensar até que ponto a lei e as intenções dos artistas atuais, afetam o relato literário, porque pela ótica dos evangelhos, o ato de revelar a falha tornou-se algo sublime e evidencia de modo bastante convincente a veracidade das histórias ali contidas.

Roberto Carlos, ainda em entrevista ao Fantástico declarou estar escrevendo sua autobiografia e quanto a isto afirmou: “Eu estou escrevendo a minha história e informando muito mais a essas pessoas sobre a minha vida, sobre as minhas coisas, muito mais que qualquer outra fonte... Eu vou contar tudo o que eu acho que realmente tem sentido de eu contar com relação aquilo que eu senti e que vivi.”, repare que anteriormente ele declarou concordar com uma biografia não autorizada sob as condições de ajustes e agora ele afirma que vai contar tudo o que ele mesmo acha ser conveniente de se relatar.

Se aplicarmos esta situação aos evangelhos notaremos algo extremamente intrigante, primeiramente porque todos eles são em teoria biografias não autorizadas, depois, que são quatro biografias relatando aparentemente a mesma história, contudo escritas por pessoas completamente diferentes umas das outras, com suas personalidades, profissões e históricos de vida distintos, o que consecutivamente influência drasticamente na sua visão de mundo. Diante disto, onde está o Biografado reclamando seus direito autorais? Onde está o Biografado, Cristo, acordando com os biógrafos quais fatos deveriam e quais não deveriam ser expostos? Em momento algum vemos essa interferência da parte de Jesus, até porque elas são escritas após a Sua morte, ressurreição e ascensão aos céus.

Se Roberto Carlos estiver certo quando afirmou isto, também ao Fantástico: “O biografo, ele pesquisa uma história que está feita pelo biografado, então na verdade, ela não cria uma história, ele faz um trabalho e narra aquela história, que não é dele, que é do biografado e a partir do que ele escreve, ele passa a ser dono dessa história, isso não é certo.”, podemos presumir que grande risco e paradoxalmente que grade amor Deus teve ao permitir que Seus escritores expressassem com suas próprias palavras os relatos de Sua vida.

É possível enxergar o quanto Cristo foi bem resolvido consigo mesmo quando esteve na terra, sua segurança era tão certeira que ao ter início os relatos biográficos, Cristo sabia que por Suas atitudes passadas, a vida de tais escritores seria tão profundamente impactada, que não sentiriam necessidade de esconder, manipular, mentir ou omitir fatos que envolviam não só a vida de Cristo, mas a de seus contemporâneos bem como a deles mesmo.

Mário Magalhães em entrevista ao TV Folha firmou que “não dá para o Brasil continuar tendo uma lei que impede que se conte a história de personagens que se tornaram, quase todos eles, figuras publicas por decisão própria.”, e que “a censura prévia é ante-democrática, ela fere os direitos gerais de liberdade de expressão e de informação estabelecidos na Constituição de 1988.”, pois bem, é perfeitamente compreensível e até aceitável tais afirmações, são escolhas de cunho próprio que colocam o artista ou personagem em evidência publica, e sim, todos tem o direito de expressão bem como de informação. Neste contexto, interessantemente Deus cumpri perfeitamente tais direitos, pois permitiu que quatro escritores relatassem por livre expressão linguísticas e cultural os fatos da vida de Cristo bem como respeitou a tal ponto o direito de informação de todo ser vivente, que fatos vergonhosos foram mantidos para a além de “à nível de informação”. O que na realidade, faz de Deus um artista destituído de vergonha ou orgulho, mas profundamente emergido em sabedoria ao preservar as falhas de Seus seguidores para o sublime cunho educativo bem como transformador da alma humana.

Jean R. Habkost
São Paulo, 11 de Novembro de 2013

domingo, 29 de setembro de 2013

Ben Carson e a Democracia Americana (de Obama)


Obs.: É necessário ativar a legenda no player do vídeo, caso não haja compreensão do inglês.

Premiado com a Medalha Presidencial da Liberdade e dono de 27 títulos honorários de doutorado, considerado por muitos o maior neurocirurgião do mundo, o famoso médico norte-americano Dr. Benjamin Carson deixou o presidente Barack Hussein Obama visivelmente desconfortável durante discurso proferido recentemente no tradicional National Prayer Breakfast.

O National Prayer Breakfast é realizado em Washington, DC, na primeira quinta-feira de fevereiro de cada ano. O evento é organizado pela entidade cristã chamada The Fellowship Foundation e os anfitriões são os congressistas norte-americanos. Na edição de 2013, ‘Ben’ Carson, como é conhecido nos EUA, foi o convidado.

Carson falou por mais de 25 minutos e abordou temas tão variados quanto educação, responsabilidade individual e o pensamento politicamente-correto. Além disso, o renomado cientista, que é conservador, obrigou Obama a engolir em seco diante de suas pesadas críticas às políticas públicas da gestão atual. Ele falou ainda sobre sua infância pobre e acerca de sua fé em Jesus.

No hospital Johns Hopkins em Baltimore, Maryland, ele também é professor de neurocirurgia, cirurgia plástica, oncologia e pediatria e autor de mais de 90 publicações sobre neurocirurgia. Em 2009 teve sua história de vida contada no filme ‘Gifted Hands’ [Mãos Talentosas], no qual foi interpretado por Cuba Gooding Jr.

São vídeos como esse que evidenciam as profundas diferenças entre a democracia brasileira e a norte-americana. Além de figurar discretamente na ‘mesa-diretora’ do evento e se limitar a ouvir calada e respeitosamente as provocações que Benjamin Carson fazia da tribuna, Barack Obama não recebeu nenhum tratamento distinto da parte do palestrante, sequer um aperto de mão. Lá, no debate de idéias, presidentes são tratados como pessoas comuns. E eles mesmos, no fundo, sabem que são.

Vale ressaltar as devidas publicações em português do Dr. Carson com suas devidas sinopses:

Ben Carson - Autobiografia

Ben Carson era um menino pobre de Detroit, desmotivado, que tirava más notas na escola. Entretanto, aos 33 anos, ele se tornou o diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins, em Baltimore, Estados Unidos. Em 1987, o Dr. Carson alcançou renome mundial por seu desempenho na bem-sucedida separação de dois gêmeos siameses unidos pela parte posterior da cabeça – uma operação complexa e delicada que exigiu cinco meses de preparativos e 22 horas de cirurgia. Sua história, profundamente humana, descreve o papel vital que a mãe, uma senhora de pouca cultura, mas muito inteligente, desempenhou na metamorfose do filho, ajudando a transformar um menino sem perspectivas em um dos mais respeitados neurocirurgiões do mundo.

Risco Calculado

Em nossa cultura que tenta evitar o risco a todo custo, estimamos muito o valor da segurança. Mas, ao nos protegermos dos riscos, perdemos a grande aventura de viver a vida em todo seu potencial. Com exemplos pessoais, o Dr. Carson nos convida a enfrentar os riscos presentes em nossa própria vida. Você encontrará informações que o ajudarão a se livrar do medo de se arriscar para que seja capaz de sonhar alto, agir com confiança e colher recompensas que jamais imaginou.






Sonhe Alto

Sonhe alto é uma ampliação do último capítulo da autobiografia intitulada Ben Carson, que conta a história do menino pobre que se tornou neurocirurgião de fama mundial.




terça-feira, 16 de julho de 2013

As Irmãs Brown

Em 1975, o fotógrafo americano Nicholas Nixon tirou uma foto de sua esposa Bebe ao lado de suas três irmãs. A partir disso, eles tiveram a ideia de tornar a fotografia uma tradição anual.

Desde então, as irmãs Brown – Heather, Mimi, Bebe e Laurie – tiraram uma foto por ano até 2010. Para tornar a série mais coerente, as quatro sempre posaram na mesma ordem.

Isso resultou em um registro incrível de 36 anos. A mais nova das irmãs, Mimi, tinha apenas 15 anos na primeira foto, e a mais velha, Bebe, estava com 61 anos na última. Quando Nixon começou a tirar os retratos, as irmãs Brown tinham entre 15 a 25 anos.

Mesmo que as imagens não sejam deslumbrantes do ponto de vista artístico, elas certamente tocam o coração. Ver como as estações, a moda e os cortes de cabelo mudaram ao longo da série, enquanto uma coisa permaneceu a mesma – o forte vínculo familiar -, traz uma sensação boa e nostálgica.

A série, intitulada “As Irmãs Brown” (The Brown Sisters) foi exibida na Galeria Nacional de Arte (Washington D.C., EUA) e no George Eastman House (Rochester, NY, EUA). Além disso, dois conjuntos foram vendidos em leilões de fotografia em Nova York (EUA).


1975

1976

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1978

1979

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1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

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